segunda-feira, 12 de março de 2012



Sinopse:

A minha vida era uma porcaria, sei que não é um termo muito apropriado mas é o único que descreve a minha vida como ela é. Não vivia com os meus pais verdadeiros, os meus pais de sangue! Sim eu era adoptada, e em relação a isso não me sentia muito bem. ás vezes sentia-me desligada do mundo real, apetecia-me fugir e ir para um mundo imaginário onde as nuvens são algodão doce e as plantas são pastilhas elásticas. a cada diz que passava, não me sentia confortável naquela casa, mas tinha que aceitar a minha vida como ela era.

______________ 

Primeiro Capítulo.


- Margaret, acorda que já são horas! – ouvi a voz da minha “mãe”, enquanto ela abria as cortinas e vinham raios de luz em minha direcção.
- ai, fecha as cortinas por favor. – murmurei eu, descobrindo-me e levantando-me.
- oupa, oupa, toca a despachar!
- a Pamela vem cá a minha casa para irmos juntas para a escola portanto, não preciso de boleia. – disse abrindo o roupeiro e pegando em duas toalhas para o duche.
- hmm, está bem. – disse ela um pouco triste. Okay, tenho que admitir que sou um pouco má a tentar “ignorá-los” afinal eles tiveram a coragem em adoptar-me mas, como já disse, não me sinto bem. A Pamela é a minha melhor amiga, damo-nos super bem e entre nós não á segredos, e se for necessário dizemos tudo na cara uma da outra, no problem.

Enquanto isto, fui tomar banho e fazer a minha higiene. Desci as escadas e tomei o pequeno-almoço sozinha pois os meus “pais” já tinham ido trabalhar. Fiquei um pouco a ver tv, enquanto esperava pela Pamela. Antes de tudo, a escola onde andávamos era repleta de snoob’s.
- maggie? – ouvi uma voz vinda da porta, era a Pamela. Fui a correr, e abri a porta.
- PAM! – gritei, enquanto fechava a porta. – vamos?
- sim, sim. – disse ela rir-se. Caminhámos até á escola a falar sobre vários assuntos, como era habitual. As aulas estavam mesmo no fim, os teste globais aproximavam-se, era início de Junho, era a chegada do Verão.
- olha quem é ela. – disse o John, o rapaz mais convencido que só pensa: com quantas raparigas já namorei num dia? ele não sabe o significado de amar, meus amigos.
- sim, como queiras. – ignorei, caminhando juntamente com a Pam, até ao portão velho onde se encontrava Violet.
- estavam a falar com o John? – perguntou ela. – e olá.
- hey, infelizmente sim. – disse eu.
- ele é tão giro. – quando ela disse isto, eu fiz uma cara mesmo arrogante, desci as escadas e caminhei para o pavilhão onde íamos ter aulas. A Pam e a Violet conversavam entre risos sobre o John, e eu apenas me limitava a olhar para as pessoas á minha volta enquanto esperava pela professora.

- bom dia turma! – ouvi uma voz, era a nova professora de biologia, pois a nossa outra professora estava grávida. – vamos! – abriu a porta da sala de aula e entramos todos.
- uau, parece ser nova. – disse a Theresa, baixinho entre nós as quatro.
- mesmo Tess, dou-lhe uns 20 anos. – disse a Violet, sentando-se na sua mas habitual ao lado da Theresa. Eu sentei-me ao lado da Pam, claro, na última carteira da sala, perto da janela.
- bem turma, chamo-me Rebecca Styles, e vou ser a vossa professora de biologia neste pequeno tempinho de aulas que nos resta. Tenho aqui uma ficha de trabalho para fazermos no fim da aula, portanto hoje vamos esclarecer dúvidas e falar sobre a matéria que deram. – depois de ter dito isto com grande clareza, soltou um sorriso que nos fascinou.
- styles, hmm, estranho. – questionou a Pam.
- estranho porquê?
- é me familiar..
- coisas da tua cabeça. – disse eu soltando uma gargalhada, e abrindo a lição. Ela sorriu, e abriu a lição juntamente comigo.

*

As aulas foram passando, mais uma vez um dia aborrecido e cansativo. O lado positivo era não termos aulas á tarde, mas o dia estava estranho, cinzento, nublado, e o vento era gelado.
- queres boleia Maggie? – perguntou a Tess, abrindo o guarda chuva.
- não, não, eu tenho guarda chuva, e antes de ir para casa vou á loja do Tiago. – disse eu a sorrir. O Tiago era um velho amigo de Portugal, se repararem no nome, ahah.
- está bem! até amanhã. – deu-me um beijinho e andou devagar.
- até amanhã! – gritei, e ela acenou sem virar a cara, porque realmente o vento estava agressivo.
Abri o meu guarda chuva, caminhei para a saída da escola. Fui andando para a loja do Tiago, que ficava longe da escola e de minha casa, mas não me importei. O vento empurra o meu guarda chuva de forma a ele ficar ao contrário até que senti uma gota a tocar no meu guarda chuva. A seguir a esta gota, vieram de seguida muitas. Os carros passavam em excesso de velocidade, mas eu afastava-me para não levar com um banho de lama.
- porcaria de guarda chuva, AAAH! – disse eu enervada, tentando ajeitá-lo. Eu estava a começar a ficar encharcada, mas abriguei-me num prédio e ajeitei melhor o guarda chuva. – início de Junho, e um tempo deste.. a meteorologia não anda bem…

Liam’s POV

Tecnicamente, tirei a carta de condução. Não sei como, mas tirei. Finalmente, tenho o meu carro, e a minha prioridade e agora ninguém me pára. Como é óbvio já estava a dar voltinhas com o meu carro. Estava a ouvir o nosso CD – Up All Night, sim, sou um membro dos One Direction, Liam Payne. Acham perigoso andar assim de carro nas ruas de Londres, com a possibilidade de ser apanhado? Não, eu não tenho medo, muito pelo contrário, adoro as minhas fãs. Enquanto conduzia e cantava, avistei ao longe uma rapariga já um pouco molhada, debaixo da entrada de um prédio a ajeitar o seu guarda chuva. Parei por perto e abri a janela.
- hey, queres entrar? – perguntei eu. Ela olhou um pouco assustada e achou estranho eu ter perguntado isto de repente. – não tenhas medo, não sou um violador. – disse eu a rir-me. – anda. – sorri.
Ela entrou, e depois de ter fechado a porta, virou-se para mim.
- oi? Obrigada? – ela estava estranha, talvez por eu a ter convidado a entrar no meu carro.
- eu levo-te a casa. – disse a rir-me. – onde moras?
- hmm, é um pouco longe.. – enquanto ela me explicava as coordenadas, eu conduzia e olhava de vez em quando para o seu olhar, era diferente, eram tons acizentados. Ainda me perguntava, como é que ela não me reconhecia!
-
 desculpa, só uma pergunta.. não me conheces?
- hmm, devia? – disse, mordendo o lábio. – desculpa se não me recordo mas.. nunca te vi mais gordo.
- ah, hmm, okay. – achei estranho, muito estranho. – nem um bocadinho?
- olha lá, estás assustar-me sabes? Deixa-me aqui na paragem de autocarro se faz favor, obrigada.
- não, não, eu levo-te a casa desculpa este interrogatório. – abanei a cabeça, isto era estranho mas por um lado até fico feliz por ela ser assim, diferente das outras e não fazer escândalos.
- é aqui. – disse tirando o cinto, e apontando para a sua casa que realmente era enorme.
- já agora como é que te chamas? – sorri, tentando não parecer mal.
- sou Margaret. – sorriu. Aquele sorriso, era largo, conquistador, e realista. Fascinou-me.
- eu sou o Liam. – sorri, ela não me devia conhecer.
- a tua cara não me é estranha, sinceramente.. – disse ela com um olhar a rir-se. – mas deve ser só da minha cabeça…
- Liam Payne. – finalizei.

Sem comentários:

Enviar um comentário